Myrtaceae

Eugenia cerasiflora Miq.

Como citar:

Monira Bicalho; Lucas Arguello Aragão. 2022. Eugenia cerasiflora (Myrtaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

1.396.447,666 Km2

AOO:

632,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Mazine et al., 2020), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Abaíra, Andaraí, Arataca, Caravelas, Ipecaetá, Itapetinga, Jacobina, Lençóis, Mucugê, Palmeiras, Rio de Contas, Senhor do Bonfim e Una —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Conceição da Barra, Dores do Rio Preto, Linhares e Santa Teresa —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Boa Esperança, Bom Jesus do Galho, Catas Altas, Governador Valadares, Juiz de Fora, Leopoldina, Lima Duarte, Mariana, Ouro Preto, Santa Rita de Jacutinga, São José do Goiabal e Viçosa —, no estado do Paraná — nos municípios Campina Grande do Sul, Campo Mourão, Guaraqueçaba, Guaratuba e Morretes —, no estado de Pernambuco — nos municípios Brejo da Madre de Deus, Caruaru e Triunfo —, Rio De Janeiro — nos municípios Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Itatiaia, Magé, Resende, Rio Claro, Rio de Janeiro e Teresópolis —, no estado de Santa Catarina — nos municípios Blumenau, Brusque, Canelinha, Criciúma, Florianópolis, Garuva, Itapoá, Navegantes, São Francisco do Sul e Vidal Ramos —, no estado de São Paulo — nos municípios Areias, Bananal, Campinas, Cananéia, Caraguatatuba, Ibiúna, Iguape, Iperó, Juquiá, Juquitiba, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Monte Alegre do Sul, Paraibuna, Pariquera-Açu, Peruíbe, Registro, Ribeirão Grande, Santo André, São Bernardo do Campo, São José do Barreiro, São José dos Campos, São Miguel Arcanjo, Sao Paulo, São Paulo, São Roque, Sete Barras, Socorro, Tapiraí e Ubatuba —, e no estado de Sergipe — nos municípios Cristinápolis, Itabaiana, Nossa Senhora da Glória, Santa Luzia do Itanhy e São Cristóvão.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2022
Avaliador: Monira Bicalho
Revisor: Lucas Arguello Aragão
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore com até 25 m de altura, endêmica do Brasil, popularmente conhecida como guamirim ou cambuí, possui registros em diversos Estados e municípios do Brasil. Ocorre na Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, em Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) e Restinga. Apresenta um extenso EOO= 1181483km², mais de 10 situações de ameaças e registros em Unidades de Conservação. Os valores de EOO e o número de situações de ameaça, extrapolam os limiares para a inclusão da espécie em uma categoria de ameaça. Somado à isto, não existem dados de declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Assim, Eugenia cerasiflora foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando assim, ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Último avistamento: 2020
Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Linnaea 22(7): 79, 1849 [1850]. Popularmente conhecida como guamirim ou cambuí. Apresenta folhas discolores, papiráceas a cartáceas, com pecíolo amarelado e glabro, canaliculado; ramos adultos castanho-amarelados e glabros; pétalas brancas, anteras brancas a creme; sépalas verde-amareladas; frutos amarelos a alaranjados. Apresenta como característica folhas revolutas e elípticas com enrugamento peculiar na sua margem, ramos jovens achatados na parte terminal (Silva e Mazine, 2016).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Seus frutos são consumidos in natura e na feitura de compotas e geleias. Sua madeira é usada na fabricação de tábuas e cabos de ferramentas de madeira (Tropical Plants Database, 2020).

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Redução populacional: range 70 /1000
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado
Vegetação: Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest
Detalhes: Árvore com até 25 m de altura. Ocorre na Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, em Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e Restinga (Mazine et al., 2020).
Referências:
  1. Mazine, F.F., Bünger, M., Faria, J.E.Q., Fernandes, T., Giaretta, A., Valdemarin, K.S., Santana, K.C., Souza, M.A.D., Sobral, M., 2020. Eugenia. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10369 (acesso em 11 mar. 2022

Ameaças (10):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future regional high
As florestas de Petrópolis e da Serra da Estrela, situadas no município de Magé, são ameaçadas sobretudo pela expansão urbana (Costa et al., 2009, Tanizaki-Fonseca et al., 2009). A vegetação natural remanescente nesses municípios corresponde a respectivamente 32% e 36% da área original (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2011). Ainda no que tange a conversão de territórios, os municípios Juiz de Fora (MG), Magé (RJ), São Francisco do Sul (SC) e São Roque (SP) possuem, respectivamente, 5,54% (7957ha), 11,04% (4315ha), 5,39% (2659ha) e 5,54% (1702ha) de seus territórios convertidos em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2011. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica Período 2008-2010. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE. URL http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/atlasrelatoriofinal.pdf (acesso em 17 de fevereiro de 2020).
  2. Costa, M.B., Simon, A., Araújo, A.F.B., Mendes, C.P.A., Salgueiro, F., Costa, J.M., Soares, M.L.G., Moulton, T.P., 2009. Região urbano-industrial, in: Bergallo, H.G., Fidalgo, E.C.C., Rocha, C.F.C., Uzêda, M.C., Costa, M.B., Alves, M.A.S., Van Sluys, M., Santos, M.A., Costa, T.C.C., Cozzolino, A.C.R. (Eds.), Estratégias e Ações Para a Conservação Da Biodiversidade No Estado Do Rio de Janeiro. Instituto Biomas, Rio de Janeiro, pp. 327–337.
  3. Tanizaki-Fonseca, K., Lorenzon, M.C.A., Gonçalves, P.R., Barros Filho, J.D., Cruz, E.S.A., Rahy, I.S., 2009. Região serrana de economia diversificada, in: Bergallo, H.G., Fidalgo, E.C.C., Rocha, C.F.C., Uzêda, M.C., Costa, M.B., Alves, M.A.S., Van Sluys, M., Santos, M.A., Costa, T.C.C., Cozzolino, A.C.R. (Eds.), Estratégias e Ações Para a Conservação Da Biodiversidade No Estado Do Rio de Janeiro. Instituto Biomas, Rio de Janeiro, pp. 279–286.
  4. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Municípios: Juiz de Fora (MG), Magé (RJ), São Francisco do Sul (SC) e São Roque (SP). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/Estat%C3%ADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 15 de março de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.3 Tourism & recreation areas habitat past,present,future regional very high
Em Ouro Preto, o grande fluxo de visitação, aliado à falta de conscientização dos usuários, está causando um acúmulo de lixo em áreas de cachoeiras e trilhas dentro e fora do Parque Natural Municipal das Andorinhas. Além do uso e abertura de novas trilhas para a prática de esporte como motocross, que pode potencializar os efeitos erosivos e o afugentamento de fauna (Myr Projetos Sustentáveis, 2017). Nos município de Caraguatatuba, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela, tem se intensificado o fenômeno de implantação de empreendimentos imobiliários voltados ao turismo, representado, principalmente, pelas residências secundárias. Especulação imobiliária, loteamentos irregulares, turismo predatório, assentamentos clandestinos, crescimento demográfico com significativo movimento migratório, são elementos que tipificam o processo de urbanização que vem ocorrendo de forma desordenada na região (Borelli, 2006).
Referências:
  1. Myr Projetos Sustentáveis, 2017. Plano de Manejo do Parque Natural Municipal das Andorinhas em Ouro Preto - MG. Portal das Andorinhas. URL https://andorinhas.eco.br/plano-manejo/ (acesso em 09 de setembro de 2019).
  2. Borelli, E., 2006. Cidade e natureza: análise da gestão ambiental da zona costeira do litoral norte paulista. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tese de Doutorado. São Paulo.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.3 Agro-industry farming habitat past,present,future local medium
Linhares (ES) está entre os municípios brasileiros produtores de cana-de-açúcar, cujos plantios iniciaram a partir da década de 1980 e substituíram as florestas nativas e áreas de tabuleiros (Mendonza et al., 2000, Oliveira et al., 2014, Pinheiro et al., 2010, Tavares e Zonta, 2010). Tais cultivos são associados a prática da queima dos canaviais, com a finalidade de diminuir a quantidade de palha e facilitar a colheita (Mendonza et al., 2000, Oliveira et al., 2014, Pinheiro et al., 2010, Tavares e Zonta, 2010). De acordo com a Resolução MAPA nº 241/2010, Linhares é um dos municípios indicados para o plantio de novas áreas de cana-de-açúcar, destinadas à produção de etanol e açúcar. A Conab (2018) estima uma área de cana-de-açúcar de 47,6 e 45,3 mil ha, respectivamente para as safras 2017/2018 e 2018/2019 no Espírito Santo.
Referências:
  1. CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento, 2014. Acompanhamento da safra brasileira de cana-de-açúcar. INFORMAÇÕES AGROPECUÁRIAS - SAFRAS. URL https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/cana
  2. Mendonza, H.N.S., Lima, E., Anjos, L.H.C., Silva, L.A., Ceddia, M.B., Antunes, M.V.M., 2000. Propriedades químicas e biológicas de solo de tabuleiro cultivado com cana-de-açúcar com e sem queima da palhada. Rev. Bras. Ciência do Solo 24, 201–207.
  3. Oliveira, A.P.P. de, Lima, E., Anjos, L.H.C. dos, Zonta, E., Pereira, M.G., 2014. Sistemas de colheita da cana-de-açúcar: conhecimento atual sobre modificações em atributos de solos de tabuleiro. Rev. Bras. Eng. Agrícola e Ambient. 18, 939–947.
  4. Pinheiro, É.F.M., Lima, E., Ceddia, M.B., Urquiaga, S., Alves, B.J.R., Boddey, R.M., 2010. Impact of pre-harvest burning versus trash conservation on soil carbon and nitrogen stocks on a sugarcane plantation in the Brazilian Atlantic forest region. Plant Soil 333, 71–80.
  5. Tavares, O.C.H., Zonta, E.L. e E., 2010. Crescimento e produtividade da cana planta cultivada em diferentes sistemas de preparo do solo e de colheita. Acta Sci. - Agron. 32, 61–68.
  6. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2010. Resolução MAPA nº 241, de 09 de Agosto de 2010. Diário Of. da União, de 10 de Agosto de 2010.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional high
Grande parte das florestas úmidas do sul da Bahia estão fragmentadas como resultado da atividade humana realizadas no passado, tais como o corte madeireiro e implementação da agricultura (Paciencia e Prado, 2005). Estima-se que a região tenha 30000 ha de cobertura florestal (Paciência e Prado, 2005), 40000 ha em estágio inicial de regeneração e 200000 ha em área de pasto e outras culturas, especialmente cacau (Theobroma cacao L.), seringa (Hevea brasiliensis Muell. Arg.), piaçava (Attalea funifera Mart.) e dendê (Elaeis guianeensis Jacq.) (Alger e Caldas, 1996). Especificamente em Una, 27% da cobertura florestal é ocupada por pasto, 15% de floresta em estágio inicial de regeneração, 6% de plantação de cacau e 2 de plantação de seringa (Pardini, 2004). A maioria das propriedades particulares são fazendas de cacau, o principal produto da agricultura (Paciência e Prado, 2005). De acordo com o MapBiomas, os municípios Boa Esperança (MG), Campo Mourão (PR), Caravelas (BA), Criciúma (SC) e Itabaiana (SE) possuem, respectivamente, 9,46% (8144ha), 5,46% (4093ha), 10,33% (24573ha), 10,98% (2579ha) e 7,22% (2434ha) de seus territórios convertidos em áreas de culturas agrícolas (exceto soja e cana-de-açúcar), segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021a). De acordo com o MapBiomas, o município Iperó (SP) possui 5,23% (890ha) do seu território convertido em áreas de culturas de cana-de-açúcar, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021b).
Referências:
  1. Paciencia, M.L.B., Prado, J., 2005. Effects of Forest Fragmentation on Pteridophyte Diversity in a Tropical Rain Forest in Brazil. Plant Ecol. 180, 87–104. URL https://doi.org/10.1007/s11258-005-3025-x
  2. Alger, K., Caldas, M., 1996. Cacau na Bahia: Decadência e ameaça a Mata Atlântica. Ciência Hoje 20, 28–35.
  3. Pardini, R., 2004. E?ects of forest fragmentation on small mammals.pdf. Biodivers. Conserv. 13, 2567–2586.
  4. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Municípios: Boa Esperança (MG), Campo Mourão (PR), Caravelas (BA), Criciúma (SC) e Itabaiana (SE). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/Estat%C3%ADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 15 de março de 2022).
  5. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Município: Iperó (SP). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/Estat%C3%ADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 15 de março de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future local medium
Guaratuba tem 41,3 ha de plantios de Eucalyptus e 1433,6 ha de Pinus, outros 7,5 ha estão em corte raso ou recém-plantados. (Eisfeld e Nascimento, 2015). O município de Morretes, por sua vez, tem 2,2 ha de plantios de Eucalyptus e 447,8 ha de Pinus, outros 455,3 ha estão em corte raso ou recém-plantados (Eisfeld e Nascimento, 2015). De acordo com o MapBiomas, os municípios Bom Jesus do Galho (MG), Brusque (SC), Canelinha (SC), Caravelas (BA), Catas Altas (MG), Conceição da Barra (ES), Linhares (ES), Monte Alegre do Sul (SP), Paraibuna (SP), Ribeirão Grande (SP), São José do Goiabal (MG), São Miguel Arcanjo (SP) e Vidal Ramos (SC) possuem, respectivamente, 6,87% (4069ha), 7,09% (2019ha), 12,6% (1902ha), 41,07% (97663ha), 18,19% (4365ha), 49,76% (58847ha), 6,21% (21723ha), 5,19% (573ha), 17,33% (14028ha), 5,59% (1865ha), 13,5% (2560ha), 21,65% (20146ha) e 7,85% (2724ha) de seus territórios convertidos em áreas de silvicultura, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021).
Referências:
  1. Eisfeld, R.D.L., Nascimento, F.A.F., 2015. Mapeamento dos plantios florestais do estado do Paraná - Pinus e Eucalyptus. Instituto de Florestas do Paraná, Curitiba.
  2. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Municípios: Bom Jesus do Galho (MG), Brusque (SC), Canelinha (SC), Caravelas (BA), Catas Altas (MG), Conceição da Barra (ES), Linhares (ES), Monte Alegre do Sul (SP), Paraibuna (SP), Ribeirão Grande (SP), São José do Goiabal (MG), São Miguel Arcanjo (SP) e Vidal Ramos (SC). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/Estat%C3%ADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 15 de março de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional very high
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Abaíra (BA), Andaraí (BA), Areias (SP), Bananal (SP), Boa Esperança (MG), Bom Jesus do Galho (MG), Brejo da Madre de Deus (PE), Cachoeiras de Macacu (RJ), Campinas (SP), Canelinha (SC), Caraguatatuba (SP), Caravelas (BA), Caruaru (PE), Catas Altas (MG), Conceição da Barra (ES), Criciúma (SC), Cristinápolis (SE), Dores do Rio Preto (ES), Garuva (SC), Governador Valadares (MG), Guapimirim (RJ), Ibiúna (SP), Ipecaetá (BA), Iperó (SP), Itabaiana (SE), Itapetinga (BA), Itatiaia (RJ), Jacobina (BA), Juiz de Fora (MG), Lençóis (BA), Leopoldina (MG), Lima Duarte (MG), Linhares (ES), Magé (RJ), Mariana (MG), Mogi das Cruzes (SP), Monte Alegre do Sul (SP), Mucugê (BA), Navegantes (SC), Nossa Senhora da Glória (SE), Ouro Preto (MG), Palmeiras (BA), Paraibuna (SP), Pariquera-Açu (SP), Registro (SP), Resende (RJ), Ribeirão Grande (SP), Rio Claro (RJ), Rio de Contas (BA), Rio de Janeiro (RJ), Santa Luzia do Itanhy (SE), Santa Rita de Jacutinga (MG), Santa Teresa (ES), São Cristóvão (SE), São José do Barreiro (SP), São José do Goiabal (MG), São José dos Campos (SP), São Miguel Arcanjo (SP), São Roque (SP), Senhor do Bonfim (BA), Socorro (SP), Teresópolis (RJ), Triunfo (PE), Una (BA), Viçosa (MG) e Vidal Ramos (SC) possuem, respectivamente, 18,81% (10130ha), 41,44% (65907ha), 46,06% (14058ha), 30,76% (18960ha), 29,43% (25333ha), 43,98% (26046ha), 32,25% (24583ha), 24,25% (23149ha), 24,89% (19779ha), 9,05% (1366ha), 10,15% (4921ha), 30,69% (72983ha), 60,49% (55689ha), 13,4% (3217ha), 27,32% (32303ha), 14,63% (3437ha), 76,35% (17451ha), 29,5% (4699ha), 7,64% (3846ha), 59,3% (138891ha), 27,37% (9810ha), 8,34% (8822ha), 88,56% (32996ha), 17,1% (2912ha), 78,38% (26436ha), 74,35% (122762ha), 21,05% (5074ha), 49,5% (108557ha), 47,11% (67644ha), 10,47% (13436ha), 63,98% (60339ha), 43,32% (36761ha), 47,21% (165042ha), 15,56% (6080ha), 21,45% (25617ha), 6,47% (4609ha), 27,88% (3075ha), 22,36% (55057ha), 14,81% (1650ha), 89,44% (67832ha), 13,85% (17250ha), 18,86% (13909ha), 28,17% (22802ha), 7,06% (2539ha), 12,09% (8734ha), 36,91% (40576ha), 11,36% (3787ha), 34,26% (29011ha), 27,35% (30500ha), 10,02% (12029ha), 48,82% (15879ha), 27,43% (11545ha), 23,93% (16348ha), 41,61% (18228ha), 22,79% (13005ha), 50,87% (9643ha), 30,22% (33224ha), 12,28% (11427ha), 9,63% (2957ha), 58,35% (46059ha), 42,42% (19050ha), 17,18% (13285ha), 16,28% (3117ha), 11,75% (13242ha), 50,12% (15008ha) e 5,1% (1768ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2019 (Lapig, 2021).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2021. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2019. Municípios: Abaíra (BA), Andaraí (BA), Areias (SP), Bananal (SP), Boa Esperança (MG), Bom Jesus do Galho (MG), Brejo da Madre de Deus (PE), Cachoeiras de Macacu (RJ), Campinas (SP), Canelinha (SC), Caraguatatuba (SP), Caravelas (BA), Caruaru (PE), Catas Altas (MG), Conceição da Barra (ES), Criciúma (SC), Cristinápolis (SE), Dores do Rio Preto (ES), Garuva (SC), Governador Valadares (MG), Guapimirim (RJ), Ibiúna (SP), Ipecaetá (BA), Iperó (SP), Itabaiana (SE), Itapetinga (BA), Itatiaia (RJ), Jacobina (BA), Juiz de Fora (MG), Lençóis (BA), Leopoldina (MG), Lima Duarte (MG), Linhares (ES), Magé (RJ), Mariana (MG), Mogi das Cruzes (SP), Monte Alegre do Sul (SP), Mucugê (BA), Navegantes (SC), Nossa Senhora da Glória (SE), Ouro Preto (MG), Palmeiras (BA), Paraibuna (SP), Pariquera-Açu (SP), Registro (SP), Resende (RJ), Ribeirão Grande (SP), Rio Claro (RJ), Rio de Contas (BA), Rio de Janeiro (RJ), Santa Luzia do Itanhy (SE), Santa Rita de Jacutinga (MG), Santa Teresa (ES), São Cristóvão (SE), São José do Barreiro (SP), São José do Goiabal (MG), São José dos Campos (SP), São Miguel Arcanjo (SP), São Roque (SP), Senhor do Bonfim (BA), Socorro (SP), Teresópolis (RJ), Triunfo (PE), Una (BA), Viçosa (MG) e Vidal Ramos (SC). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 15 de março de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 3.2 Mining & quarrying habitat past,present,future regional very high
Os municípios Mariana (MG) e Ouro Preto (MG) possuem, respectivamente, 2,08% (2479ha) e 1,44% (1799ha) de seus territórios convertidos em áreas de mineração, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021). Até o ano de 2014 quase 90% da arrecadação do município de Ouro Preto estava baseado em 19 empresas que atuavam diretamente com extração mineral. A atividade mineradora foi responsável pelo crescimento do PIB em 193% entre os anos de 2005 e 2011 (Mariano, 2014). Nos municípios de Lençóis e Palmeiras, na Bahia, a exploração de diamante foi responsável pela ocupação da região da Chapada Diamantina, sendo a prática mineradora mais significativa da região, embora tenha diminuído muito nos últimos anos. Em Lençóis ainda há muitos garimpeiros artesanais que sobrevivem da exploração de diamante. Em Palmeiras, por sua vez, a prática garimpeira do diamante vem crescendo. Este tipo de mineração é inerentemente impactante para a vegetação, uma vez que altera completamente o ambiente (ICMBio, 2007).
Referências:
  1. Mariano, R., 2014. Ouro Preto ostenta riqueza que vem da cultura e do minério. Hoje em Dia. URL https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/economia/ouro-preto-ostenta-riqueza-que-vem-da-cultura-e-do-minério-1.273573 (acesso em 16 de junho de 2020).
  2. Sobreira, F.G., Fonseca, M.A., 2001. Impactos físicos e sociais de antigas atividades de mineração em Ouro Preto, Brasil. Geotecnia 92, 5–28.
  3. ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2007. Plano de Manejo do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Ministério do Meio Ambiente. URL http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_chapada_diamantina.pdf
  4. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Municípios: Mariana (MG) e Ouro Preto (MG). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/Estat%C3%ADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 15 de março de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3.2 Intentional use: large scale (species being assessed is the target) [harvest] habitat past,present,future regional high
Os municípios de ocorrência da espécie apresentam significante redução da vegetação original. Os remanescentes florestais representam 17,5% do território do município do Rio de Janeiro, 24% de Macaé, 29% Petrópolis, 30% de Piraí, 32% de Duque de Caxias, 34,5% de Magé, 38% de Nova Iguaçú, 42% de Rio Claro e 76,5% de Paraty (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2011). O município de Teresópolis (RJ) com 77060 ha possui 27827,68 ha que representam 36,11% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, 2011. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica Período 2008-2010. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE. URL http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/atlasrelatoriofinal.pdf (acesso em 17 de fevereiro de 2020).
  2. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. Teresópolis. Aqui tem Mata? URL http://www.aquitemmata.org.br/#/busca/rj/Rio de Janeiro/Teresópolis (acesso em 2 de setembro 2019).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3.4 Unintentional effects: large scale (species being assessed is not the target) [harvest] habitat past,present,future local high
O município de Brejo da Madre de Deus com 76234 ha possui 4876 ha que representam 6,39% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019).
Referências:
  1. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. Brejo da Madre de Deus. Aqui tem Mata? URL https://www.aquitemmata.org.br/#/busca/pe/Pernambuco/Brejo da Madre de Deus (acesso em 29 de maio de 2019).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3.5 Motivation Unknown/Unrecorded habitat past,present,future local medium
O município de Guapimirim com 36077 ha possui 13984 ha que representam 38% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019).
Referências:
  1. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. Guapimirim. Aqui tem Mata? URL https://www.aquitemmata.org.br/#/busca/rj/Rio de Janeiro/Guapimirim (acesso em 29 de maio de 2019).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Campinas - 18 (SP), Território PAT São Paulo - 20 (SP), Território São João del Rei - 29 (MG), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território Itororó - 35 (BA), Território PAT Chapada Diamantina-Serra da Jiboia - 39/40 (BA), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG), Território PAT Capixaba-Gerais - 33 (ES).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Bacia do Paraíba do Sul, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Macacu, Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca, Área de Proteção Ambiental de Campinas, Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental do Boqueirão da Mira, Área de Proteção Ambiental do Parque Municipal Ecológico de Marapendi, Área de Proteção Ambiental Estadual de Guaratuba, Área de Proteção Ambiental Itupararanga, Área de Proteção Ambiental Marimbus/Iraquara, Área de Proteção Ambiental Piracicaba Juquerí-Mirim Área II, Área de Proteção Ambiental Ponta da Baleia/Abrolhos, Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira, Área de Proteção Ambiental Serra da Vargem Alegre, Área de Proteção Ambiental Serra do Barbado, Área de Proteção Ambiental Serra do Itapeti, Área de Proteção Ambiental Serra do Mar, Área de Proteção Ambiental Sistema Cantareira, Área de Proteção Ambiental Sul-Rmbh, Estação Ecológica Juréia-Itatins, Floresta Nacional de Ipanema, Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual da Cantareira, Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Parque Estadual da Pedra Selada, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual do Itacolomi, Parque Estadual do Jaraguá, Parque Estadual Intervales, Parque Nacional da Chapada Diamantina, Parque Nacional da Serra da Bocaina, Parque Nacional da Serra das Lontras, Parque Nacional da Serra de Itabaiana, Parque Nacional da Serra do Itajaí, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional de Caparaó, Parque Nacional do Itatiaia, Parque Natural Municipal Augusto Ruschi, Parque Natural Municipal da Lajinha, Parque Natural Municipal do Maciço da Costeira, Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, Parque Natural Municipal Professor João Vasconcelos Sobrinho, Reserva Biológica Augusto Ruschi, Reserva Biológica do Córrego Grande e Reserva Extrativista Mandira.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
1. Food - human natural fruit
A madeira da espécie é usada na confecção de cabos de ferramentas e tábuas para construção. Seus frutos também são consumidos na feitura de sucos, geleias e compotas de doces (Tropical Plants Database, 2020).
Referências:
  1. Tropical Plants Database, Ken Fern, 2020. tropical.theferns.info. URL http://tropical.theferns.info/ (acesso em 23 de março de 2022).